Nióbio: entenda mais sobre esse material tão falado no Brasil

Publicado por Materiais Júnior em fevereiro 6, 2019fevereiro 6, 2019

Com grande potencial na indústria, porém pouco aproveitado no nosso país, o Nióbio é um dos materiais considerados mais raros no mundo. O nióbio foi descoberto em 1801 pelo cientista britânico Charles Hatchett e inicialmente batizado como columbium. Foi só em 1846 que adotaram a nomenclatura hoje conhecida, com referência a figura da mitologia grega Níobe (filha de Tântalo), devido a sua semelhança com o tantálio ou tântalo (Ta). Pertencente a família 5ª da tabela periódica, esse metal raro é um dos mais resistentes a corrosão e também um supercondutor.

Nióbio em estado mineral

A potencial aplicação desse metal na indústria, traz grandes resultados na melhoria das propriedades de ligas metálicas, gerando grandes oportunidades de mercado para os países que possuem grandes reservas. A principal aplicação do nióbio é a formação de ligas (principalmente de aço) mais resistentes. A possibilidade de melhoria de um produto sem afetar nenhuma de suas outras propriedades é o sonho para qualquer indústria, e é essa a função desse material. O nióbio como elemento de uma liga metálica produz um aumento na resistência mecânica da mesma, sem prejudicar sua tenacidade ou conformabilidade.

Atualmente esse metal raro é amplamente utilizado nas indústrias automobilística, bélica, aeroespacial, eletrônica e até mesmo nuclear. A liga de aço combinada com nióbio traz propriedades essenciais para essas industrias, como aumento da ductilidade e maior conformabilidade do material, além da resistência mecânica como já dito anteriormente. Isso porque o nióbio permite a formação de carbonetos pela afinidade com carbono e nitrogênio, impedindo que o carbono se localize nos interstícios de grãos da liga.

Mercado Brasileiro

Nosso país detém de aproximadamente 98% das reservas de nióbio do mundo, sendo a maior parte concentrada no estado de Minas Gerais (75%). Portanto o que não falta é mercado para o Brasil quando se trata desse metal raro altamente cobiçado mundialmente. As reservas brasileiras de nióbio são suficientes para abastecer o mundo por séculos e poderia ser a “salvação” do nosso país, porém assim como diversos recursos de grande potencial no Brasil, não é bem aproveitado. O governo federal não possui uma política específica para a comercialização do nióbio no país e não são fabricados produtos derivados do nióbio, ou seja, o Brasil só exporta o metal em si.

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