PVC – Polímero sinônimo de versatilidade

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O PVC é um dos polímeros com maior ramo de aplicações, que vão desde tubos até filmes plásticos. Ele é resultado da união de vários monômeros de hidrocarbonetos que contém um átomo de cloro no lugar de um dos hidrogênios ligados aos carbonos.

O PVC se destacou no mercado entre os plásticos pois sua performance o tornou um material alternativo para certas peças que antes eram feitas de alumínio, borracha, cobre, madeira ou cerâmicas.

Embora o processo de fabricação e polimerização do PVC só se tornou viável com a aplicação de plastificantes, o material começou sua rápida expansão, se tornando hoje destaque na construção civil, que necessita de materiais econômicos e duradouros.

Fabricação e Processamento

A produção do PVC se inicia com a obtenção do cloro proveniente do sal marinho através de um processo de eletrólise e do eteno derivado do petróleo. Em peso, esses componentes representam 53% e 47% do material, respectivamente.

A reação entre os dois componentes (na forma gasosa) gera o DCE (dicloro etano) e em seguida o MVC (monômero cloreto de vinila). Após a polimerização, obtém-se o PVC na forma de um pó fino e inerte. A partir da adição de aditivos, o polímero poderá ser processado em maquinas apropriadas para a confecção do produto final, como extrusoras, injetoras ou sopradoras. São os aditivos que ditarão as propriedades do material, como rigidez e opacidade.

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Características e Propriedades do PVC

O cloreto de polivinila é um polímero linear, ou seja, apresenta longas cadeias de monômeros que são bem flexíveis e formam um emaranhado semelhante a um prato de ‘spaghetti’. Essa característica está muito relacionada às propriedades mecânicas da maioria dos polímeros, já que na cadeia de monômeros, prevalecem as ligações covalentes, e também há ligações secundárias (fracas) entre as cadeias.

Como a maioria dos polímeros lineares, o PVC é um termoplástico, amolecendo quando a temperatura aumenta devido ao relaxamento nas ligações secundárias, permitindo maior movimento das moléculas, processo que pode ser revertido e repetido. Uma degradação irreversível só acontecerá quando a tensão aplica começar a quebrar as ligações dentro das cadeias.

Assim como grande parte dos polímeros (PE, PP, PS), o PVC se enquadra nas categorias dos plásticos, grupo que apresenta grande diversidade nas propriedades, podendo ir de rígidos a flexíveis e assumindo diversas configurações moleculares.

Propriedades de destaque são sua inércia química e atoxidade; isolamento termoacústico e elétrico; tenacidade e boa resistência à tração (LRT=2,4-4,1 MPa), durabilidade, autoextinguível (não propaga chamas) e reciclável.

Aplicações

Na área médica, é o mais eficaz para confecção de bolsas de sangue, tubos endotraqueais e cateteres.

Devido à sua leveza e durabilidade, se tornou muito interessante para aplicações na construção e arquitetura, destacando tubos, conexões, pisos, esquadrias (isolamento termoacústico), piscinas e até telhas.

Também é muito aplicado em revestimentos, como fios, cabos e bancos de carros. Pisos de quadra, materiais esportivos (botes, cones, bolas, luvas de boxe), brinquedos e painéis de carros são exemplos de sua versatilidade.

O PVC também se destaca no setor das embalagens, onde suas propriedades químicas garantem a preservação dos alimentos e segurança do consumidor. Sua impermeabilidade a gases é essencial para as embalagens de perfumes e também garante pouca interferência no odor e sabor dos alimentos. Além de tudo, pode ser facilmente reciclado como outros materiais termoplásticos.


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